Supervisão Clínica no Desenvolvimento Pessoal e Profissional do Enfermeiro

.SUPERVISÃO CLÍNICA COMO ESTRATÉGIA PROMOTORA DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO

Abreu (2003), entende que os sistemas de tutoria poderão desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento pessoal e profissional dos novos enfermeiros, quer a nível da formação contínua como a nível da promoção de práticas baseadas em evidências científicas.

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Ainda baseando-se nos trabalhos de Vygotsky, Kolb dá ênfase à transformação pela experiência, ao saber experencial. Conforme se pode confirmar pela digitalização do extracto seguinte retirado de Cadernos Sinais Vitais, «Supervisão, Qualidade e Ensinos Clínicos: que parcerias para a Excelência em saúde, de Wilson Correia Abreu (2003).

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Para Wilson Abreu (2003), a confrontação entre o meio interno e externo do aluno proporcionará um diálogo cognitivo que estará na base de um sentido para si. Destacando três palavras-chave neste modelo de desenvolvimento: experiência, continuidade e interacção.Consulte documento.

Wilson Abreu (2003), fundamentando-se em Lewin, considera que as expectativas, o conhecimento, as atitudes e as emoções influenciam a construção e a interpretação dos conteúdos das experiências. Daqui pode-se talvez concluir que a supervisão clínica terá neste âmbito um importante papel no que respeita à transmissão de conhecimentos pela experiência, pela capacidade de saber motivar e na ajuda da interpretação dos conteúdos das experiências vivenciadas por ambos (supervisor e aluno/novo profissional). Consulte.

Mas quando falamos em supervisão como uma estratégia que favorecerá o desenvolvimento pessoal e profissional dos enfermeiros teremos que falar forçosamente já que até ao momento ainda não o fiz, de modelos de tutoria. Não existindo contudo um consenso em relação à terminologia a utilizar para designar os diferentes tipos de tutoria. No entanto Wilson Abreu (2003), refere-se a quatro tipos de orientação das práticas clínicas: mentorship, preceptorship, multitutor, e integrativo.
Sendo que o primeiro termo (mentor) está associado ao profissional mais experiente, o qual terá a responsabilidade da aprendizagem do tutorado.
O segundo conceito preceptor estará associado ao profissional que tem a responsabilidade de ensinar e de apoiar.
O terceiro conceito, multitutor, envolve um conjunto de tutores que desenvolvem a sua actividade de forma concertada. Por fim o modelo integrativo pressupõe uma interactividade entre o ensino teórico e o prático.

Digitalizo agora o que escreve Wilson Abreu (2003) nas páginas 54-57 acerca deste assunto de forma a complementar o exposto no parágrafo anterior. Página 1; Página 2; Página 3.

Consciente da importância que este processo de supervisão clínica poderá ter a nível do desenvolvimento da profissão de enfermagem a Ordem dos Enfermeiros com vista à excelência dos cuidados, fez na última Assembleia-geral de Março 2007, uma proposta de um Modelo de Desenvolvimento Profissional dos Enfermeiros aos seus membros onde na mesma é focado todo este processo de tutoria e supervisão clínica, sua fundamentação e o que é entendido como o que melhor pode servir os enfermeiros portugueses em termos do do seu desenvolvimento pessoal e profissional. Tendo a mesma sido aprovada na respectiva assembleia.

Passo pois a expor a proposta de Modelo de Acompanhamento do Desenvolvimento Profissional dos Enfermeiros, (páginas 15-19), a qual explicita conceitos como tutoria, supervisão clínica, funções de supervisores e tutores, objectivos deste processo de tutorização/supervisão e critérios para certificação de competências nesta área.

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Cabe-me ainda referir que esta Ordem deu a devida importância ao processo de Bolonha, pretendendo a colocação do curso de enfermagem num 2º ciclo de Bolonha evitando com isso que a profissão sofresse um processo de retrocesso no seu desenvolvimento enquanto profissão autónoma gerenciadora de conhecimento. Consulte a posição da OE e também.

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